sexta-feira, março 31, 2006

"Chora no ritmo do meu sangue, o Mar"



Conta o Expresso a nossa história de reis e princesas. Começa em Afonso, o Conquistador e acaba em Manel, o Patriota. Esqueceu-se de Duartinho, o Tóni. Calma. Não vou de certeza falar de batalhas e penedos da saudade. Comprem os volumes do Prof. José Hermano. É de Democracia que se trata. Dizia o Fagundes (esse, o actor) que Democracia é "escolher entre o mau e o pior" (sotaquem em brasileiro). Não estando propriamente de acordo, posso bem com os nossos mauzinhos e acho que temos uma vidinha boa. Bem sei que o trânsito piora a olhos vistos. Que quando está sol, São Pedro está carregadinho de nevoeiro. Ou que a cerveja não é igual há de dez anos. E sim, também acho que dantes haviam mais miúdas. O tabaco não necessitava de créditos bancários e a bófia não fazia operações stop. É tudo verdade sim senhor. Tudo funcionava. E "com calma, que tudo se resolve". Em escudos. Mas agora somos Euro, primos da malta alemã...se pensarmos bem, a própria palavra (Alemanha) é balofa. É pessoal transparente e infeliz. Conhecem algum prato típico alemão? Os espanhóis andam à rasca e daqui a cinquenta anos é só Mónacos. Diz a Avillez, esse vulto da democracia salazarista. E da Santa Casa (mais uma vez os euros). O que não diz, mas eu sei, é que só têm cerveja de merda (San Miguel, chama-se). Aliás, um dos únicos reis espanhóis que tivemos era Filipe, o Prudente. Portanto, um mariquinhas. Queriam antes ser ingleses? Vejam o que seríamos se o Duartinho subisse ao trono e Santana continuasse no poleiro. Um reizinho a jogar pólo e os deputados de toga e peruca? Não obrigadinho. Já temos a Odete Santos. Estes tumultos todos em França têm dois motivos - lá, os Pacinos falam francês e as gajas têm pêlos. Portanto, deixemo-nos de coisas. O fado é nosso e saudade mais ninguém diz. A família europeia é o que temos mais parecido com uma tia afastada cheiinha de guito. Pode ser que morra e deixe qualquer coisinha - tapas espanholas, queijos franceses e libras inglesas. É essa a minha liberdade democrática.

* diz Afonso Lopes Vieira, o poeta monárquico.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

...gajas italianas, whisky irlandês e umas cenas para rir holandesas. É mandar matar!

05:19  
Anonymous Anónimo said...

Nem sonham a quantidade de Robalos dissimulados nesta foto ...

21:23  

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