Portugal, zéro points

É o que dá estar de molho. Vulgo gripe, constipação, choco. Ou melhor, Virose. Quando era puto, sempre que se dizia isto pensava-se em doença do sexo. Agora pode-se dizer à vontade, mas no meu tempo era gajo para levar um chapadão da minha Avó. E por isso digo outra vez - VIROSE. Tenho VIROSE. Com isto, dei por mim com cobertor às franjinhas e croissants de chocolate a ver a única coisa que suplanta os Óscares - O Festival da Canção! Maravilhoso. Temos cá de tudo sem precisar de ir à América. O Eládio Clímaco (finalmente um oportunidade para escrevê-lo), Broke Back Mountain Cowboy de há muito, exuberante na sua fatiota Tony Miranda, famoso estilista de Guimarães (fiquei a sabê-lo pelo genérico). Depois aquele rapaz alto que apresenta o Top Mais (ou uma coisa do género), buéda altamente e que julgo uma vez ter visto a ajudar à missa. O Jorge Rafael. O Malato Exausto De Estar Feliz na plateia (apenas dizer-vos que abomino este individuo de uma forma visceral). Enfim, um espectáculo à séria. As damas que ganharam são, como é que hei-de dizê-lo, bem, são, são altamente. Altos penteados e cenas. Chora-se, cora-se, o Rafael anuncia o premiado lá de casa. A Isabel Angelino (ela tem uma cena porno, não tem?) manda beijos, o Tordo ajeita-se na cadeira, câmaras aqui, câmaras ali, tudo bué produzido e tudo bué rápido para a gente não notar, uma miúda com as mamas a saltar do vestido e putz, FIM. E no final o que é que afinal a gente nota? Que aquilo é uma MERDA. Facto. Lá vamos nós disputar o quinquagésimo sexto lugar com o Uganda (sim, por este andar, qualquer dia a EU expande-se para Sul). E mais uma oportunidade perdida de fazer uma cena fixe. E um excelente exemplo do que não deve ser serviço público. Ficou apenas a oportunidade de dizer-vos novamente Eládio Clímaco.