segunda-feira, dezembro 17, 2007

BLANK

Normalmente em branco. Há quem escolha cores, para melhor adaptação. Eu prefiro-as brancas. E em branco. As canetas sim, podem ser de cor, variando consoante o estado de espírito. Depois é que custa. Ela em branco e eu a olhar para ela. Tipo agora. Não sei o que lhe diga, nem o que faça dela. Será que estou bem disposto? Ressabiado? Será que a coisa sai levezinha? Começo a escrever e logo vejo. Não, é melhor ir beber um café. Não, já vou. Deixa ver que letra é melhor. Ok. Se estivesse bem disposto já estaria a escrever. Há dias em que a coisa não sai. Desculpas. Vou escrever. Ummmm. Sobre quê? Não tenho nada para dizer. Porque é que hei-de ter alguma coisa para dizer? Escrevo porque me apetece. É isso. Mas escrevo sobre nada? Posso pensar. É isso, penso. Já sei porque escrevo. Gosto de mastigar o que penso. Certo. Vou pensar em quê? Na folha em branco. E a seguir? Vou beber café.