terça-feira, fevereiro 10, 2009

Está frio. Está mesmo frio. E eu estou constipado ou engripado ou lá o que é esta merda que me assola. Sinto-me fraquinho. Coisinho. Como a economia. Não posso ver noticiários se não choro. Se não é da chuva, é do calor. Ou dos empregos ou do Ronaldo. Até a gaja italiana que estava morta há 15 anos tem direito a aparecer. E eu nada. É que estou doente pá. Atenção faz favor. Obrigado. Não me dói nada. Nada em particular. Apenas o costume. Mas estou com pingo verde no nariz e a minha mulher disse-me para me agasalhar. E eu agasalhei-me. Depois passei no café e a senhora perguntou-me, "então, como é que vai?". E eu, "tudo bem, obrigado, um bocadinho constipado, mas não há-de ser nada." E vai ela, "pois, parece que anda aí." "Ai anda, anda", disse-lhe eu. Depois assoei-me e fui-me embora. O café não valia um chavo, mas não tive coragem de dizer. Ela despediu-se com “as melhoras”. Não lhe podia fazer isso. Amanhã vou lá outra vez. Melhor ou pior. Se estiver melhor, respondo-lhe ao como é que vai com um "melhorzinho, obrigado. O Sol também ajuda." E pronto. Encerra-se o capítulo Coitadinho. Se estiver pior, digo-lhe "não vai lá muito bem". A ver o que é que ela diz.