terça-feira, maio 12, 2009



O meu Sul fica mais a Norte. Verdade. E nada tem que ver com a desorientação crónica que me assola. É terra que dá cabo da ossadura. Do nervo. Não é para qualquer um. Olho pela janela e penso que é verde ritmado, que está calor, que se caminha a passos largos para uma pintura do Gauguin. De repente, sem aviso, uma borrasca de fazer parecer a vida uma música dos Joy Division, com a vontade de caminhadas a ser trocada por favas com vinho tinto. Foi o que escolhi. Não me estou a queixar. Embora a cabecinha admire polígamos culturais, não troco a humidade que me encharca a alma por nada. Mesmo que a guita me fizesse comichão nos bolsos. Não é que veja que isso pudesse aconter. Felizmente a alergia que tenho é a não gastar. Chamem-me um estimulador económico condicionado. Havendo, derrete-se. Interessa é ver o Sul.