quarta-feira, maio 20, 2009

Para o Eurico...

Recebi uma mensagem há pouco no telemóvel, a dizer que partiste.
Assim, sem me poder despedir, sem te dizer coisas, sem lembrar outros tempos, sem ouvir mais uma vez chamares-me Jorgito, como eras o único a chamar...
E agora penso que a vida é mesmo assim, que os anos passam, a vida toma outros rumos, deixamos de nos ver, de falar, começamos a encontrar-nos mais espaçadamente, é mesmo assim, penso eu... e depois sei que não devia ser assim, que ainda há poucos meses tentaste vir ver a minha peça e a doença não te deixou e que agora sou eu que não te vejo mais. Mas não me esqueço de ti. É que as pessoas só morrem mesmo quando nos esquecemos delas...
Descansa em paz, Eurico.

Do amigo,

Jorgito