sexta-feira, agosto 25, 2006



Desafio qualquer um a resistir.
ive mendes

quinta-feira, agosto 17, 2006


Até dia 14...

Peço, em primeiro lugar ,desculpa a todas (menos á Marta e a minha mãe, que ficam para outro post) as outras mulheres que conheci até hoje...peço desculpa ás outras mil sensações que posso descrever com total, ou ,quase total lucidez e que para mim (Até dia 14) eram a unica maneira de viver a vida curta que todos nós temos... andar de mota a 200 km h numa auto-estrada portuguesa, bater contra um autocarro da carris, mandar um chuto do que quer que seja , comer uma maçaroca em Istanbul, fumar um charro , ir para a cama com uma desconhecida/do,ver Deus, sentir Deus e servir, ver o sol nascer no ponto novo sem saber como lá fui ter, conhecer a mulher dos meus sonhos e acordar com um pesadelo, amar alguém , conhecer alguém, embebedar-me com todas as pessoas que vejo (mesmo quando já não as vejo) e tentar beber mais que todas elas juntas...fazer 400 km por dia e ouvir ao fim do dia que o transito está horrivel... ter como referencias pessoas que"roubavam" por desporto cabines telefonicas e que ainda hoje ouvem Joy Division... ter como amigos as aqueles que mesmo que nunca digam nada eu sei sempre onde estão, ter como Irmão o maior de todos os Irmãos... acreditar sempre no que nunca ninguém viu, pintar, desenhar , roubar, mentir... tudo isto parece agora POUCO e o peso de quem me olha agora nos olhos sem ver e diz: é pouco é 3.890 kg (muito menos do que toda a droga que ja fumei, muitissimo menos do que toda a cerveja que já bebi).... Sempre gostei de mulheres pequenas , sempre gostei de lhes dar alcunhas, sempre gostei de ti Rita mesmo sem nunca te ter visto... e TU vais ser sempre a unica mulher que eu vou amar SEMPRE..é impressionante como não há palvras para descrever o segundo em que pela primreira vez vi que tudo aquilo que já passei na minha vida está concentrado na unica "coisa" que vou viver até ao fim da minha vida .

Obrigado a todos por me terem aturado.... pela primeira vez sinto que fiz alguma coisa!!!


"Ser feliz é pintarmos da nossa cor cada instante da vida . E a vida tornar-se-á a multiplicação de todas as cores." Á Raquel Matos Cruz um grande OBRIGADO por seres genuina!!!!
Por teres ,numa só frase, dito aquilo que eu vou passar o resto da vida a tentar ensinar.


Amo-te Rita Miranda Parracho até ao fim da minha vida!!!
Amo-te Marta Miranda.... e a ti Mãe Pai resta um muito sentido Obrigado de quem agora precebe aquilo que vos tem feito passar....



OBRIGADO.

terça-feira, agosto 08, 2006

O Mestre está de volta


... e em bom. Tão bom!

www.theeraser.co.uk

segunda-feira, agosto 07, 2006

Sem razão aparente...porque me apeteceu!
















A frozen glance,
Is a swirl of stereotyped emotions
To sustain used smiles.
Memories of the outside body
To shape the colours of my spring.

Breathing is a simple thought
To begin my life with

And here comes another wave
To wash the pain away
But every time it hits the shore
It only washes a bit of my life with it

And it grows and it shrinks.
It makes me dirty
It cleans the land
And it takes me everywhere.
Anywhere is fine
As long as I can glance your face
From the corner of my life.
Do not touch
Do not breathe
Do not touch
You do not need to hide your books
Love can be whatever you want
Just sing me to sleep

Ziggy

o bicho Ann Coulter



"I think women should be armed but should not be allowed to vote."
"Don't pray. Learn to use guns"
o que ela diz mais... errr... isto:
"God gave us the earth. We have dominion over the plants, the animals, the trees. God said, 'Earth is yours. Take it. Rape it. It's yours.'"
Não devia dar importância a este animal mas a minha cusquice antropológica é mais forte.
Vou só ali vomitar um bocadito.
Até já.

quarta-feira, agosto 02, 2006

(às vezes) dói-me o mundo*




Ontem fui a um sítio. Um edifício abandonado. Agora é sítio mas já deve ter sido casa. Sinto-lhe a textura e adivinho quem lá morou . Vi um grelhador improvisado e grades vazias. Imaginei um final para aquela baía toda, com o sol cego nos caranguejos e as algas a ficarem mais verdes. Tudo mal. Tudo betão. Tudo improvisado. Como terão sido as pessoas? Como e quando se apaixonaram pelo lugar? Como viveram e construíram o seu sonho? E como tudo acabou? Como é que tudo acaba? E como será agora? A amargura continua? Culpam-se? Desistiram também da vida? Não me parece. Continuei a sentir o cheiro a mar e a vento. O cheiro que começou tudo aquilo. O cheiro que me faz escrever tudo isto. E nunca o betão me pareceu tão bem entre caranguejos, mar, vento e algas que fazem tudo parecer verde. A vida delas entrou na minha.
Tudo isto que escrevi foi ontem. Não ontem mas antes. É memória. É verdade! Estou encafuado numa sala irrespirável e sinto o cheiro a mar. Sei como é a pele seca do sal. Lembro-me. Do que se vão lembrar os miúdos que sentem a pólvora seca no ar? O cheiro nauseabundo da desgraça? A memória de alguém que matou e de alguém que morreu? Como vão eles construir? E que interessa que seja betão? E foda-se, como é possível que cabrões matem cabrões e crianças e pessoas? E que merda de aculturação é esta que permite que tudo vá andando, com cabrões assassinos de cabrões que eles fizeram ser cabrões a passearem como diplomatas? Arre hipocrisia! Também a minha por não querer mais. Eu não voto!... e pronto. Perdoem os desabafos. Mas também estas vidas entraram na minha. À falta de outras palavras ficam estas;

Bicarbonato de Soda (Álvaro de Campos)

Súbita, uma angústia... Ah, que angústia, que náusea do estômago à alma! Que amigos que tenho tido! Que vazias de tudo as cidades que tenho percorrido! Que esterco metafísico os meus prpósitos todos! Uma angústia, Uma desconsolação da epiderme da alma, Um deixar cair os braços ao sol-pôr do esforço... Renego. Renego tudo. Renego mais do que tudo. Renego a gládio e fim todos os Deuses e a negação deles. Mas o que é que me falta, que o sinto faltar-me no estômago e na circulação do sangue? Que atordoamento vazio me esfalfa no cérebro?
Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me? Não: vou existir. Arre! Vou existir. E-xis-tir... E--xis--tir ...
Meu Deus! Que budismo me esfria no sangue! Renunciar de portas todas abertas, Perante a paisagem todas as paisagens,
Sem esperança, em liberdade, Sem nexo, Acidente da inconseqüência da superfície das coisas, Monótono mas dorminhoco, E que brisas quando as portas e as janelas estão todas abertas! Que verão agradável dos outros!
Dêem-me de beber, que não tenho sede!