sábado, dezembro 30, 2006

157 BPM

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Have you Forgotten

segunda-feira, dezembro 25, 2006



Shakespeare fez Hamlet pensar o que ele próprio discutia consigo. Por fim, resolveu o mesmo que Sócrates (escolham qual deles) - é melhor ser. O que somos e fazemos tem a importância que tem. Para nós, muita. Para poucos, alguma. Para outros, nenhuma. As biografias contam o que somos e não o que quem lemos/vemos/ouvimos foi. For instance, porque raio quereria eu saber da história de vida de Daniel Shechtman, "descobridor" dos Quasicrystais? Bem, o achado do senhor não são jóias e permitiu o aparecimento da frigideira moderna, responsável por inúmeros e deliciosos momentos de molhanga. O que torna qualquer história boa para quem queira ouvir a visão de quem a conta. É óptimo que as biografias entrem na moda, permitindo que os leitores "big brotherianos" mastiguem em vez de engolir.
Se há coisa que a comunicação global tem de boa é que as coisas são. Sem lugares obscuros, do diz que disse e do se calhar era. De repente, toda a gente tem merdas para contar. Olhem o D. Sebastião. Sempre ouvi que era puro (virgem), que tinha ido salvar o país a Marrocos e tal. E agora, que tinha gonorreia. Que tinha sido um homem da corte a pegar-lhe...Um homem! Mas era panilas? Não se sabe. Vai haver exumações e mais umas merdas e depois logo se vê. Mas se havia pedofilia assumida na Corte, lá se vai a honra d'O Desejado e o porta-estandarte da Direitinha portuguesa. Portanto, não se trata de história, mas sim de abordagem. Nada de novo, mas convém lembrá-lo. Finalmente estamos a ter uma aculturação transversal. A informação está aí toda e somos nós quem escolhe as notícias. O que fazemos importa. E assim, somos. Bom ano e façam coisas boas.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A relatividade da normalidade...

quarta-feira, dezembro 20, 2006

O Bono e os The Corrs cantam Lee Hazlewood.
E eu gosto tanto.
kiss kiss

terça-feira, dezembro 19, 2006

Zita ... quem???





Cá vamos com a nossa...Portugalidade!!!





sexta-feira, dezembro 15, 2006

Viva o SAM ! Viva o José P.! Viva Fernando Pessoa !



DA MINHA ALDEIA vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.

Alberto Caeiro, em "O Guardador
de Rebanhos".

Este até poemas em inglês fez.... ; )

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Abaixo o Sam The Kid, Pim! Morra, PIM!

Não consigo, não consigo mais ouvir aquela nova música merdosa do Sam the Kid! Não há pachorra, não há cabeça, não há qualquer tipo de sensação sem ser RAIVA! Pura vontade de lhe partir a boca toda! Devo confessar que nesse aspecto ele já tem um ponto a favor, a música cria reacções! já não é mau, não é daquelas músicas que passa despercebida e quando acaba nem sabemos que a acabámos de ouvir. Mas não, tinha de ser uma vez mais a conversa do desgraçadinho, o desterrado cultural, o incompreendido do RAP da Brandoa ou do caralho que o foda que não é nada incompreendido. Afinal, ele é que é bom e nós não sabiamos, sim porque nós é que temos a mania, nós é que andamos com as calças a caír pelo cú e criar rimas sem rimar e de chapéu de lado e gritar YO! no final de cada frase (coisa mais portuguesa não há)e que nunca tentamos compreender a tribo do RAP. Também com exemplos destes e mais alguns que para aqui andam eu dispenso compreender a tribo. Mas aceito-a. Agora, não me rebentem a cabeça a dizer que eu os comparo ou que todo o mundo tem culpa pela desgraça que eles saõ mas que afinal não são. Afinal quem é que quer competir? Esta mania de que o Rock isto e o Rock aquilo serve para tudo até para justificar os maus artistas de RAP que temos cá no burgo. Chega! basta! estou deveras indignado! Num período em que a música portuguesa passa por um boom de qualidade, como há muito não se via, só se ouve desta merda e ainda por cima a queixarem-se de que ninguém os compreende?? são os que vendem mais e os que de momento têm mais exposição porque, nos dias de hoje, musiquinha que não tenha um pouco de RAPAZÓDIA pelo meio não é musiquinha. A antena3 tem horas em que parece a rádio da Jamaica da cova da moura. Ok, são os targets, são as audiencias, é o mudar dos tempos. OK, Mas, e se nós como público temos de nos aperceber disso, não serão os músicos, que têm um producto a vender, que têm também ou até primeiro de o perceber para depois poder influenciar, criar e inovar e mais importante ainda, evoluir? eu parece-me que sim, mas não o vejo a acontecer. Vejo e oiço sempre a mesma lenga lenga, as mesmas músicas, os mesmos padrinhos, os mesmos egos. E a genuidade morre com a falta de oxigénio que um ego inflado cria à volta do artista.
Deixem-se de merdas, deixem-se de comparações, deixem-se principalmente de armar em vítimas quando a única vítima aqui são os meus ouvidos que já não aguentam com tanta merda que sai dessas bocas. Desculpem-me mas estou possesso. Ai Sam se te apanhasse agora...PIM!!!!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Magnum Popdcast



Um festim para os olhos e para a mente.

Juliette Lewis - Hardly Wait (Strange Days)



Isto é uma cena de um Filme. O filme chama-se "Strange Days" e isto é a melhor parte. Aliás, é dificil continuar a ver o filme sem ver este bocado pelo menos 100 vezes. Acho que a música é da PJ Harvey, o resto é da Juliette Lewis.

domingo, dezembro 10, 2006

A Sad Planet

quarta-feira, dezembro 06, 2006

PARABÉNS AO CARLITOS...!!!



Bem, parte do concerto de Umpletrue em Budapeste está aqui.
Num dia especial, um grande abraco com saudades de ti!
E até breve!

"PORTA DE ENTRADA PARA O MUNDO PARALELO"

"É com a morte dos amigos que aprendemos a morrer, porque a morte deles é também a nossa morte. Morreu Mário Cesariny, e aquele de mim que o olhava nos olhos iluminados morre na sua morte (...) Aprendi com ele a ver outro ver, a sentir com outro sentir, a pensar com outro pensar. Aprendi que vale a pena trocar tudo por nada se o nada for o nosso tudo desse dia. Aprendi a "amar como a estrada começa". (...) A sua morte é também um pouco a minha morte, porque a sua vida foi também um pouco a minha vida."

José Manuel dos Santos in impressão digital, Expresso

terça-feira, dezembro 05, 2006

4|12|06|Cat Power


Ela é deliciosamente louca... Tem uma voz que se treme e deixa enternecer, e um génio teimoso, mimado, retorcido. Desconcertantemente genuina.
Foi ontem na Aula Magna, CATPOWER.
A primeira musica começara e nada dela... Os olhares trocaram-se no placo de músico para músico e "cadê" ela? O público nervoso, tenso com receio de mais uma partida da menina-prodígio. E ela chega e encanta. Canta. Deslumbra. Dança. Toca-se. Penteia-se. Despenteia-se. Chega-se ao chão. Descalça-se. E não canta mais. Desiste a meio. É insegura e quer fugir. Mas volta. E canta. Encanta e deslumbra. Exige a perfeição. Por momentos sentimo-nos a meio de um ensaio geral do concerto que ainda está para vir, por momentos sentimos que esse concerto está a ser, e estava de facto, e foi, sim foi de facto, e foi bom.
Cat Power soube arrastar-nos (e que bem que soube!) para o seu mundo psicótico, cheio de fantasmas e papões. Felizmente tudo acabou em bem. Domada a fera, e depois de alguns covers adaptados ao jeito "catty", a menina dos jeans e da franja no cabelo, já descalça, sorria finalmente... A dor de se mostrar assim tão pequenina e indefesa acabara, e nós estavamos lá para a aplaudir, de pé, como deve ser. No fim eu percebi, esta mulher não é gato, não... é Tigre.

A Última Paragem...!

É um facto, as viagens de autocarro entre o centro de Budapeste e a minha casa estão a ficar cada vez com mais accão. E ontem parecia mesmo um filme, ou dois. O primeiro romântico. Não fosse eu e a minha namorada a trocar uns beijitos e umas coisinhas amorosas, mas nada de muito inapropriado para o local. O segundo de boxe. Um senhor que se lembrou de se chegar a mim, e sem mais, empurrou-me e espetou-me um murro nas trombas, da forma tradicional mesmo antes de eu ter olhado para a cara dele pela primeira vez. Tudo porque eu nao sou húngaro. Entre as poucas palavras que me tentou passar depois, apenas percebi a pergunta: Não és húngaro, que estás a fazer na Hungria? Um qualquer nacionalista destes que por aqui andam, com os seus quarenta aninhos de idade e acabadinho de sair do trabalho com a malinha do resto do lanche na mão. Percebi que ele não estava bebedo, simplesmente não suportou ouvir um puto estrangueiro falar perto dele e no seu país. Resultado final: 1 olho á belenenses e nada mais por fazer. Mas a Hungria é muito mais que estes extrema nacionalistas que últimamente têm passado a imagem deste país para a televisão dos outros. Até á próxima paragem!

segunda-feira, dezembro 04, 2006

O Som!!

Winning