quarta-feira, janeiro 28, 2009

Festa!!


terça-feira, janeiro 27, 2009

Uma medida para a crise

Nos dias que correm somos atormentados por muitas e variadas coisas. Noticias que narram o impossível e que dão conta das maiores barbaridades. O mundo, parece-me, na sua globalização inevitável, preso por arames. Mesmo na pequenez da Lusitânia a coisa não está, como diria o profeta de Boliqueime, fácil. Poderia escrever sobre o desemprego galopante, a Esmeralda ou o caso Freeport, entre outros (o Armando Vara é cada vez mais uma tentação). Talvez sobre os árbitros, assunto relevante que preocupa de lés a lés. Mas hoje a minha atenção debruçou-se sobre a Maya. Ela tem umas mamas novas. Ou umas "maminhas", como lhe chama o 24 Horas num artigo onde, num fabuloso exercício de criatividade, aborda o tema. Começa assim: "Macrolane, a nova técnica de enchimento de mamocas, é mais cara do que silicone." Gosto muito da definição técnica de Macrolane, exacerbando a característica principal do material. Depois, a noticia ataca o cerne da questão: "Agora usarei decotes e vestidos com mais segurança"; "Daqui a dois anos, ou um pouco mais, tenho que voltar a encher, porque isto tem um prazo, tal como o Botox"; "Se não tivesse um filho até era bem capaz de no Verão fazer topless"; "Maya não teve que comprar soutiens novos – continua a usar um 34C";
A coisa no seu todo ficou à volta de três mil euros, dizem-nos. Não foi barato, é verdade, mas com mamas não se brinca. Ainda mais com a crise que aí está. Afinal, vender é preciso e como ela diz no meu horóscopo para hoje, "queixar-se e não fazer nada eterniza a insatisfação".

segunda-feira, janeiro 26, 2009

De Gaia para o mundo...

Permitam-me a ousadia e há mais no nosso myspace e no canal do costume...

sábado, janeiro 24, 2009

O Futuro está aqui?!!!


Depois de ter produzido dois albuns que colocou livremente na net para download. Permitindo a escolha de diversos formatos variantes em qualidade, eis que agora chegam 400 GB de vídeo HD com som de alta qualidade para os fãs brincarem. Referente a 3 concertos da tour de 2008 onde a cada concerto são atribuidas várias cameras que completam vários angulos de visão do mesmo concerto. Trent Reznor mais uma vez faz das suas e cria um novo espaço de manobra na internet utilizandi inteligentemente a devoção, imaginação e recursos dos seus fãs para mais uma vez dar um pontapé nas editoras. Depois de uma tour de sucesso pelas américas com um espectáculo que abriu novas fronteiras na dimensão visual e sonora, os Nine Inch Nails queriam editar um DVD utilizando nova tecnologia 3D e HD para documentar a era vivida (até porque no final desta tour dois importantes membros abandonaram a banda e Trent vai, mais uma vez, reformular tudo!).
A brincadeira pegou e começou bem, alguns resultados já começam a aparecer e mais por certo irão surpreender. E mais uma vez, como o sucedido com os albuns oferecidos, os NIN editaram fisicamento o produto e nós agradeceremos e compraremos (eu fiz).
Mais informações vasculhem o site dos Nine Inch Nails e o forum expressamente criado para este projecto.
Os Radiohead tentaram e não fizeram mal mas este senhor bate-os aos pontos. É disto que as majors têm medo, é isto que subverte um sistema já de si adormecido e que nos pretende subservientes. A isto chama-se AGIR!
We Can Do It! Right?!!!

dEUS A Shocking Lack of Copyright

Vão lá vêr e se vos interessar...sabem o que fazer.
AH! Fica em http://deusashockinglackofcopyright.blogspot.com/

p.s. - Já não se podem fazer comentários neste blog??? Lápis azul informático??? :-)

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Xiii CA BURRO!!!

quarta-feira, janeiro 21, 2009

...and She's back!


A despedida da Sarah Silverman ao Bush foi assim:
http://www.dailymotion.com/video/k362srULbgJdHcV4Ap
(clicar no link para ver o vídeo)

terça-feira, janeiro 20, 2009



Hoje é o dia Um. É O dia, dizem todos. A partir de hoje nada será como antes. Não haverá desculpas para a mudança. We can, disse. Está feito. Hoje há Obama. O novo imperador. O homem que fala como poucos e que diz para todos. Pessoas por todo o mundo choram, cantam, riem com um nervosismo indisfarçável. Uns poucos dizem que Cristo desceu à terra. Só isso explica a felicidade que sentem. Por agora, a procura acabou. Há esperança. E ela é humana. Joga basket, leva as filhas à escola, lava a loiça. Ele diz que haverá desilusões. Que vai errar. Diz a verdade. As pessoas escutam, mas não ouvem. Tudo é possível. E acreditar no melhor é tudo o que resta a muitas delas. Vão ser tempos difíceis, diz ele. Yes, we can, respondem em uníssono. Nada será como antes, é verdade. Para muitos este é o derradeiro sonho. A última ilusão. Como não acreditar? É um tempo irrepetível na história. Como o são todos aqueles que mudam a forma como vivemos. Obama quer fazê-lo. Temos a oportunidade única de ver se o consegue ou não.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

João Aguardela (1969-2009)


Hoje é um dia triste para TODA a música Portuguesa, faleceu João Aguardela, vocalista e fundador dos Sitiados e que foi também o mentor de projectos como Naifa, Megafone e Linha da Frente.

Para todos os que sempre se interessaram, para todos os que se disponibilizaram, para todos os que amaram, para todos os que nunca se renderam.

A nossa admiração pela sua obra e contribuição na música portuguesa é enorme.
Ficam as boas recordações e as saudades.
Até sempre João.
José Polido - Estado Sónico

Deixo um texto publicado no Blog d'A Naifa

Faleceu ontem 18 de Janeiro de 2009 em Lisboa o músico João Aguardela, que faria 40 anos em Fevereiro. Vocalista, líder e fundador dos Sitiados, que fizeram enorme furor nos anos noventa, Aguardela foi também o mentor de projectos como Megafone (quatro discos de um trabalho muito pessoal, que cruza a recolha de música tradicional portuguesa com sonoridades electrónicas), Linha da Frente (formado por vocalistas de várias bandas nacionais interpretando textos de poetas portugueses) e A Naifa, o seu mais recente projecto com Luís Varatojo, com três álbuns editados e dezenas de concertos aclamados pela crítica e pelo público.

Criador com capacidades fora do comum, inovador, Aguardela soube antecipar tendênncias e lançar projectos esteticamente inéditos, sempre numa abordagem marcada pela defesa da língua e da cultura portuguesas.

Firme nas convicções, determinado nos objectivos , invulgar na forma de ser e estar na vida, desde sempre grangeou respeito e admiração no meio musical, ainda que nunca tivesse procurado o estrelato.

Vítima de cancro, morreu no Hospital da Luz, aos 39 anos. Deixa uma obra invejável e saudade à família e amigos. Como escreveu o João, «os dias sem ti/ são todos iguais/ são dias sem fim/ são dias a mais».

Ricardo Alexandre, amigo do João.

sábado, janeiro 17, 2009

Regras de Redacção

Doze Regras de Redacção dos Grandes Media Internacionais quando a notícia é do Médio Oriente

1 - No Médio Oriente são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. É inconveniente falar em «represálias» quando se tratar do exército israelita.

2 - Os árabes, palestinianos ou libaneses não têm o direito de matar civis. A isso chama-se «terrorismo».

3 - Israel tem o direito de matar civis. A isso chama-se «legítima defesa».

4 - Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedido. A isso chama-se «reacção da comunidade internacional».

5 - Os palestinianos e os libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso chama-se «sequestro de pessoas indefesas».

6 - Israel tem o direito de sequestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinianos e libaneses desejar. Actualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter sequestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinianos. Isto chama-se «prisão de terroristas».

7 - Quando se mencionam as palavras «Hezbollah» e «Hamas», é obrigatório a mesma frase conter a expressão «apoiado e financiado pela Síria e pelo Irão».

8 - Quando se menciona «Israel», é proibida qualquer menção à expressão «apoiado e financiado pelos EUA». Isso poderia dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.

9 - Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões «territórios ocupados», «resoluções da ONU», «violações dos Direitos Humanos» ou «Convenção de Genebra».

10 - Tanto os palestinianos como os libaneses são sempre «cobardes», que se escondem entre a população civil. Se eles dormem nas suas casas, com as suas famílias, a isso dá-se o nome de «dissimulação» e «cobardia». Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles dormem. A isso chama-se «acção cirúrgica de alta precisão».

11 - Os israelitas falam melhor inglês, francês, espanhol e português que os árabes. Por isso eles e os que os apoiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redacção (de 1 a 10) ao grande público. A isso chama-se «neutralidade jornalística».

12 - Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redacção acima expostas são «terroristas anti-semitas de alta periculosidade».

(retirado de um blog qualquer....

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Danny Boyle after "Trainspotting"













Já tinha ouvido falar disto. Domingo quando acabei de ver o filme, ainda meio zonzo, espreitei um bocado dos Globos de Ouro, normalmente um prenúncio dos Óscares, e assisti à consagração da malta que fez a coisa. "Slumdog Millionaire" arrasou. Vejam isto sff.

Guy Ritchie After "Snatch"

terça-feira, janeiro 13, 2009

O Amor



Conta o Sol, nobre e sensato informador semanal, que "dois guardas prisionais estão a ser julgados pelo crime de corrupção por terem deixado entrar no Estabelecimento Prisional de Elvas uma mulher para ter relações sexuais com um recluso." A dama entrou pela porta da frente e, na sala de visitas, "manteve relações sexuais com o detido". O pasquim liderado pelo pródigo Saraiva adianta que o John Holmes de Elvas cumpre pena de prisão por homicídio. Dezassete anos e seis meses mais propriamente. Não relata, no entanto, há quanto tempo durava a privação do detido. Ou qual a posição escolhida para o delito. Uma falha no rigor informativo a que o semanário nos habituou, mas que se compreende tendo em vista o cerne da questão. É de corrupção que se trata. Ao que parece a visita do Cupido foi permitida por um pequeno adiantamento de quinhentos euros. Diz o detido que "era um empréstimo, para ele ir de férias, depois pagava-me." Não se sabe também a qual dos guardas se refere com o "ele". Ou se iriam os dois de férias juntos. Ou qual a percentagem do adiantado que caberia à dama. Ainda assim, entristece que a pequena excepção que possibilitou ao recluso uma precária tenha acabado desta forma. Por tamanho acto de paixão (100 contos), o casalinho merecia ao menos repeti-lo numa cama com lençóis lavados. É que agora, só daqui a quinze anos é que há amor outra vez. Mesmo pagando.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

História Devida



A nossa Inês está em grande. Para além de surgir mais amiúde, no assim mais rico PAP (leia-se panorama audiovisual portugalês), vê agora a árdua labuta recompensada com um merecido elogio do Miguel.

Novo exemplo de que não somos nem a "geração rasca" nem sequer a "geração à rasca".

Blind

quarta-feira, janeiro 07, 2009

The Stooges - I Wanna Be Your Dog



Foi encontrado morto o guitarrista dos Stooges (Iggy Pop). Era um santo...

terça-feira, janeiro 06, 2009

ano novo, vida nova



Levou a minha inconsequente preguiça a que desse por mim hoje, cedo cedinho, numa fila para tratar do cartão único. Adiava o inevitável desde Junho e por sorte do destino estavam apenas quinze pessoas à minha frente. São atribuídas vinte senhas diárias e sendo eu um dos contemplados, a coisa ficou marcada de imediato para as 11h15. Célere como convém ao século XXI. Como gosto muito do ambiente denso das repartições públicas, deixei-me ficar por ali a mastigar um livro e a reparar na imbecilidade crónica de uma rapariguita que nasceu velha. Ou com um período menstrual constante. Impressão digital para aqui, assine se faz favor, feche a boca, os seus documentos. Entra um senhor de idade avançada, tão à vontade com a máquina burocrática como eu, que se dirige ao balcão com algum desconforto. "Está aqui qualquer coisa mal?". "Qualquer coisa o quê?" "Aqui, uma coisa." "Mas o quê?" "Aqui está escrito Vergilio e eu sou Virgilio." Em que ano é que o senhor nasceu, perguntaram-lhe para meu espanto. "Mil novecentos e quarenta e um." Ficou o senhor sozinho, sem explicação, ultrajado e meio impaciente, à mercê de meia dúzia de olhares inoportunos. "O senhor chama-se Vergilio." "Como?" "Quem o registou, chamou-lhe Vergilio." "Então mas em todos os documentos eu estou como Virgilio." "Pois, mas é Vergilio." "Até o meu professor da primária, à sessenta anos, me dizia – tu és Virgilio, com i." "Pois dizia mal. Você é Vergilio". Olhe aqui, mostrando-lhe um livro carregado de pó. "Então como é que eu faço agora?" "Como é que faz como?" "Como é que eu assino?" "Assina como lhe apetecer." "O quinze?" Era eu.