GOOD STUFF

As ideias mais contagiantes de 2006 de acordo com a Contagious Magazine.

Meet The Love Substitutes

Ora aqui fica um website e uma banda que não vos pode passar ao lado de forma alguma. Quatro das melhores cabeças musicais belgas juntas e a cores.
A merecer todos os segundos de atenção que se possam dispensar.
http://www.thelovesubstitutes.com/home.htm

cuidado michael !

Na passagem do ano este vídeo passou vezes de menos na nossa tela.
Aqui está ele com som original e tudo!
by sal.

Kaki King

Há coisas perfeitamente absurdas.clica

Uff. Irra que isto de mudar o ano dá cabo das vértebras! Passaram onze dias e ainda bufo. Deve ter sido das passas ou assim. Uma merda de uma nostalgia e melancolia que nunca mais acaba. O dia 1 tem sido como a segunda-feira. Ver filmes para enganar a mona. Ou se quisermos, ressaca da boa. Como o meu princípio de semana/ano se prolongou um bocadinho mais, estou, as you read, a despertar para a vida. E que descubro eu ao ligar-me ao mundo? Que o Luisão ainda está pior que eu. Que a Elsa Raposo quer ser a Paris Hilton. Que já não se consegue matar/atropelar/abandonar ninguém no deserto. E que Last Tango in Paris teria sido bem melhor com a Dietrich.
Descubro também que as modas são boas. Epicuristas, leia-se. A possibilidade de aparecerem mais Scarlettes é grande. Ouve-se boa música. Formação não tem o prefixo in. Escritor de algibeira não é o mesmo que livro de bolso. Os prazeres da gula consolidam-se sem pecado. Parece-me pois que as modas vão para França. Diz que é o Ano da Cabra. Ou la la.

As Actualidades do Ega

"A única coisa a fazer em Portugal é plantar legumes, enquanto não há uma revolução que faça subir à superfície alguns dos elementos originais,fortes,vivos, que isto ainda encerre lá no fundo.E se se vir então que não encerra nada, demitamo-nos logo voluntáriamente da nossa posição de país para que não temos elementos, passemos a ser uma fértil e estúpida província espanhola, e plantemos mais legumes!"

João da Ega em "Os Maias" de Eça de Queiroz

Eddie Brickell

Um dia fui viciado nesta música, caso sério.
Hoje apeteceu-me mandar um chuto.

The Hours

Agora que olho devagar, consigo, pausadamente, compreender a nossa história. A minha história. E percebo porque falhou. Porque faliram os ideais. Porque morreu o que esperávamos de nós.

E finalmente consigo olhar-te nos olhos e sentir-te. Sem raiva ou ansiedade. Consigo ver quem és e porque raio quis fazer de nós uma história. Porque me entreguei, porque preferi não escutar a razão e, sim, porque decidi que te queria amar. Contra mim e contra ti.

E, olhando devagar, compreendo a tragédia que a proximidade nos trouxe e sei onde errámos. Em que ponto perdemos o controlo dos sentidos e como a voracidade foi ganhando espaço.

E ainda quando a melodia que queríamos escutar se tornou num ruído infernal, impossível de desligar para onde quer que fugíssemos. Quando passámos a ser um constante sobreviver.

Agora que acabou, resta-nos apenas viver.


*Estranho como a vida tem o seu próprio tempo. Escrevi esta bodega à cinco anos para uma pseudo-ficção e só ontem, depois de ver o filme, materializei os quês e os porquês. Boas horas em 2007 para todos.